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Mostrando postagens de agosto, 2019

Eu sonhei.

Depois de eu achar que você tinha sido uma página virada na minha vida.  Você apareceu de novo.  Não estou falando como se você,  fisicamente, estivesse me importunando. Mas sonhei com você, de novo. No sonho você me evitava  e fugia de mim. Eu também fazia isso. Fugia de você. Então você  parou de me procurar e eu fiquei me pondo no seu caminho.  Não para importunar você. Mas para ver como você estava, se estava do jeito que eu julguei que estaria vivendo sua vida perfeita sem mim. Você estava. Não me surpreendi. Apenas segui com minha vida. E fui para o mar. As ondas estavam altas demais e eu não sabia nada. Ficava boiando, respirando. Apenas a cabeça e os ombros fora da água. Mas o mar continuava subindo e as ondas me arrastavam cada vez mais fortes que as anteriores. E eu  estava na areia, observando eu mesma me afogando na maré mais alta que eu já vi na vida. E comecei a dançar. E acho que essa pode ser uma das descrições mais próximas do que esse senti

Publiquei meu primeiro ebook!

Oi! Vim compartilhar com vocês algo que me deixou extremamente orgulhosa de mim mesma, por mais que eu não entenda o porquê. Eu publiquei meu primeiro ebook de poesias pela Amazon. É claro que vou postar o link para caso alguém tenha interesse em comprar, mas primeiro quero falar um pouquinho da minha (brevíssima) experiência. Para começar eu já tinha o livro armazenado no drive a algum tempo. Foi uma longa trajetória até que eu finalmente decidisse publicar. Primeiro que todos os meus poemas estavam em um caderninho pessoal meu, e quase todos tinham desenhos autorais relacionados ao texto. Já adianto que não consegui inserir esses desenhos no ebook, então eles ainda permanecem no meu caderninho.  Depois foi outro longo processo o de passar todos os poemas para o meu computador, já que eles refletiram muito sobre mim em uma época emocionalmente instável. Além do mais, os poemas estavam distribuídos aleatoriamente pelo caderno, junto com todas as outras anotações pessoais que eu

Lover - TayTay

A era “Lover” da cantora Taylor Swift  está oficialmente disponível. O sétimo álbum da cantora  consegue apresentar, de alguma maneira, uma nova Taylor e a mesma Taylor de sempre. É algo novo, mas que consegue ser familiar, no melhor sentido possível. E como alguém que acompanha a carreira da cantora, adoro isso. Faixas baladinhas como Lover  (uma das minhas preferidas), mais dançantes e divertidas como Paper Rings e as que letras voltadas a sociedade e política que são extremamente necessárias e significativas como em The Man, e em You Need To Calm Down. Com isso Taylor consegue mostrar a versatilidade e a força dela de uma maneira suave como nuvens no céu, mas marcante como transformar essas mesmas nuvens em uma cor de rosa repentinamente. E claro, tem as músicas ligadas ao romântico que  ela faz de forma meio brincada como músicas como I Forgot To You Existed, que lembra um pouco a batida de This is we can’t have nice things.  A identidade desse álbum me levou a crer que fi

Todo amor no mundo

Eles vão odiar tudo o que você é E o que representa. Eles vão odiar a cor da sua pele,  Do seu cabelo Vão odiar até mesmo sua opinião,  Seu contexto,  Seu amor. Eles vão odiar até os seus sonhos, Até suas lutas e não vão odiar o lugar onde você quer chegar Mas vão odiar você querer chegar nele. E eles podem odiar tudo isso, podem detestar, por mais que não devessem Só que você deve continuar. Deixe que apenas eles vivam nesse amargor, Deixe que eles se afoguem nele. Use os seus olhos, suas mãos e o seu coração(o metafórico e o real) Apenas para você. Para ver seu amor, para viver seu amor Seja pelo o quê, ou por quem for E que seja essencialmente por sí. E por favor, por favor, Não deixe eles te sugarem para esse espiral de ódio, Deixe isso apenas para eles, que estão acostumados com o ódio Guarda teu consciente e teu afeto para colorir tua própria vida E pinta ela da cor que quiser e vier e quiser, Sê amor Respira amor E encontre

O conto de Carmélia

Carmélia acordou em um lugar diferente do qual dormiu. Não se engane, os móveis estavam no mesmo  lugar, no mesmo quarto. No mesmo condomínio, mesmo bairro e cidade. Mas as minúcias, os detalhes estavam todos diferentes dos quais ela  recordava. A rede estava armada de um jeito diferente, quase desengonçado demais para ter sido colocada por ela. Os sapatos que havia usado no dia anterior  estavam revirados em outro lugar, totalmente diferente de como ela, cotidianamente, guardava. Carmélia sentou, no chão de seu  pequeno quarto. Pôs as pernas na posição de borboleta, como aprendera no  curto período de duas semanas em que fez balé na infância. Fechou os olhos. Respirou fundo. Esvaziou a cabeça, se livrou de cada pensamento preocupante do que havia acontecido durante  a noite que ela perdera.  O que mais assustou a jovem Carmélia foi que, de fato, a  mente esvaziara. Não lembrou de modo algum de qualquer detalhe ou dica que pudesse dar uma leve indicação do que tinha acon

Pensar a longo prazo pode ajudar, sabia?

Às vezes pensar em futuro muito próximo pode seguir  caminho oposto ao que deveria ser inicialmente de “motivação”.  Demorei algum tempo para perceber, mas quando percebi achei bem simples… Estava  no transporte público voltando para casa de uma consulta e ouvindo o piloto do podcast “Perdidas no recreio”, quando comecei a refletir sobre minha trajetória.  Quando eu estava na escola já tinha um plano muito simples para minha vida, que era me passar na universidade aos 18 anos, me formar aos 22 e começar a minha vida adulta de fato. Bem… Cá estou, aos 22 anos, com matrícula institucional e torcendo muito para passar o menor tempo possível no cursinho pré-vestibular para alcançar o que eu quero. Basicamente, estou quase que no mesmo lugar  que eu estava a quatro anos e meio atrás, no cursinho, ansiosa pelo ENEM e tentando manter a cabeça no lugar. De novo. Isso levou ao pensamento de que talvez, muito provavelmente, vou estar no mesmo lugar ano que vem. Mas e daqui a 10 an