O conto de Martinália
Uma terça feira como outra qualquer, acordo tarde (por volta das 9h) e me sento na mesa para tomar meu café da manhã. A mesa está uma bagunça. Pratos do jantar do dia anterior, de lanches de tarde da noite não contabilizados amontoados com, claro, toda a sujeira deixada a mesa pelas pessoas que tomaram seus cafés antes de mim. Não sei como eles esperam que Martinália dê conta sozinha de tanta sujeira. Eles poderiam no mínimo levar os pratos para a pia, ou só não deixarem restos de comida acumulando insetos já ajudariam bastante. Imagino que eles esperassem ela aparecer assim que seus pratos sujos fossem postos para o lado na mesa. Pobre Martinália. É uma humana, afinal. Quem daria conta de tanta bagunça e demanda? É uma mulher muito forte sim. Preparo alguma coisa para comer e, assim, começar meu dia, quando vejo mais um “presente” deixando em um lugar bem visível até da porta da sala, como que um troféu de tamanha bagunça. Um liquidificador usado, ainda ligado a tomada. O