Eu sonhei.


Depois de eu achar que você tinha sido uma página virada na minha vida.  Você apareceu de novo. 
Não estou falando como se você,  fisicamente, estivesse me importunando. Mas sonhei com você, de novo. No sonho você me evitava  e fugia de mim. Eu também fazia isso. Fugia de você.
Então você  parou de me procurar e eu fiquei me pondo no seu caminho. 
Não para importunar você.
Mas para ver como você estava, se estava do jeito que eu julguei que estaria vivendo sua vida perfeita sem mim.
Você estava.
Não me surpreendi. Apenas segui com minha vida.
E fui para o mar. As ondas estavam altas demais e eu não sabia nada.
Ficava boiando, respirando. Apenas a cabeça e os ombros fora da água.
Mas o mar continuava subindo e as ondas me arrastavam cada vez mais fortes que as anteriores.
E eu  estava na areia, observando eu mesma me afogando na maré mais alta que eu já vi na vida. E comecei a dançar.
E acho que essa pode ser uma das descrições mais próximas do que esse sentimento foi.
Eu estava observando e dançando enquanto eu mesma me afogava em um mar mais alto do que qualquer um que eu já entrei na vida.
Me afogando e dançando.
Me afogando e dançando,
e me afogando e dançando.
Celebrando o quão grande foi a situação na qual eu me pus mas, de alguma forma, feliz sobre isso. Ou talvez só animada por ter ido tão fundo e tão longe.
Me afogando e dançando.

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