Diário 2M

Dia 11

Olá leitoras e leitores!
Hoje é o meu primeiro dia de estudos e estou muito assustada, estava voltando toda aquela sensação de nervoso que você tem quando vai estudar para o ENEM. Quero tentar me acalmar para poder estudar, respirar fundo e concentrar.
Por outro lado, pelo menos hoje me sinto menos ansiosa do que me senti em diversos outros momentos.
Acho que isso se deve a saber o que eu estou buscando, e não estar desesperadamente buscando qualquer coisa para me segurar.
Estou terminando de assistir um vídeo da Monalisa Nunes para dar aquela estimulada.
De novo, isso é importante e eu só estou terminando esse para começar os estudos de verdade.
...
Terminei minha primeira vídeo aula de resolução de exercício. Começamos.

Dia 12.
Oi, pessoal!
Acabei de postar uma resenha sobre um protetor solar que eu amo! Esse aqui ó clica!
Não preciso ser julgada, de certa forma, acho que o blog está me estimulando a continuar estudando, continuar tentando, sabe?
Estou exausta. Tive um dia puxado no estágio e provavelmente irei levar alguns carões amanhã (na torcida para que isso não aconteça, mas...)
Se eu não pensasse em como quero estudar medicina em cada coisa que eu faço, eu não estudaria hoje.
Só em postar aquele texto que falei lá no começo pensei em algumas coisas.
Pensei em um caso de uma moça que desistiu de estudar para medicina porque descobriu que amava mudar a vida das pessoas esteticamente, descobriu que amava tratar os cabelos das pessoas e ver elas sorrindo se olhando no espelho e amando o que viam.
Mas pensei também em como, hoje, é uma das coisas que menos penso em me especializar... Talvez eu buscasse uma especialização nessa área da beleza mais se seguisse carreira como administradora.
Uma coisa que sempre me põe dúvida, eu quero tanto coisa! Queria estudar e ajudar na pediatria, mas queria também ajudar pessoas que sofreram acidentes. Queria estudar e ajudar pessoas a enfrentarem o câncer da melhor maneira possível, mas queria viajar para onde o Médico Sem Fronteiras estivesse e ajudar as pessoas, principalmente as crianças, a terem um pouco de esperança na melhora das coisas, ajudar elas a viverem.
Enfim, só posso deixar esse tipo de dúvida me atingir de verdade no futuro.
Agora vou estudar antes de o cansaço me vencer, pelo menos um pouquinho por hoje (estou me dando essa semana para me acostumar a rotina, mas sempre tentando o máximo que consigo)
Até o próximo!

Dia 13
Olá pessoal, tive a semana corrida e só agora tive tempo e conteúdo para vir escrever aqui.
Essa semana tive que dá um "o.k." em todas as coisas que protelei para estudar no final do semestre.
Principalmente quando essas atividades são relacionadas a minha saúde. Tive que colocar uns exames e retornos em dia.
Por exemplo, o último que eu fiz foi um raio-x, que o ortopedista solicitou. Esse ortopedista, aliás, recomendou que eu parasse com todas as atividades que eu gosto de fazer (como corrida), ou que fazia força (como musculação). Mesmo fazendo um tempinho que ele solicitou esse exame, eu fui fazer para poder voltar as atividades normais e sem culpa.
Esses dias eu dei uma corridinha, mas me sentindo bem culpada porque ainda sinto dor na coluna.
Tentei fazer bem de leve e pouquíssimas vezes (acho que duas em meses), mas espero poder fazer minha rotina de exercícios depois que o médico tiver uma conclusão sobre o que eu tenho e o que fazer.
Estou falando disso porque o profissional que fez meu raio-x era tão jovem que eu comecei (que surpresa) a pensar sobre essa jornada que eu decidi trilhar. Imagina quando for eu lá?
Sei que devo ser uma agulha em um palheiro no meio de tanta gente que tem o mesmo sonho/objetivo, mas ainda assim, não consigo tirar da cabeça a ideia de como vai ser quando eu conseguir.
O que vai acontecer e que área vou decidir me especializar.
É muito curioso pensar sobre isso, porque nem o vestibular para medicina eu fiz ainda, mas acho que reprimi essa ideia de ser médica por tanto tempo, que agora que eu "soltei", ela veio com tudo, de uma vez.
Uma coisa que perceber ver em uma consulta com a otorrinolaringologista é que muitos médicos (não especificamente ela, estou falando que ela foi quem me fez perceber o padrão) não fazem mais exames. Eles só pedem para você marcar algum exame, isso pelo menos na rede do plano de saúde que eu tenho.
Pode ser minha ignorância na área que me deixe preocupada, mas lembro que a maioria dos médicos que me atenderam em redes públicas tinham uma ideia sobre o que eu poderia ter e eles mesmos faziam os exames. É claro que também pode ter a ver com a disponibilidade das máquinas para realização de exames que é mínima na rede pública, infelizmente.
Mas eu sinto muita falta, sabe? Daqueles médicos que conversam com você sobre o que você está sentindo, o que está passando, que investigam. Não tive essa sorte com os últimos médicos que me atenderam, foram só paft-puft e faça tal exame e depois a gente conversa sobre o que você pode ter.
Talvez um dia eu entenda isso ou talvez um dia eu perceba que não gostar disso tem algum sentido, mas hoje acho muito esse tipo de atendimento me deixa meio insegura.
É muito rápido, parece que nunca consigo falar tudo o que está me preocupando.
Isso foi o que pensei em alguns momentos durante a semana.
Até o próximo!
Obrigada por me ler.

P.s.: Me senti orgulhosa por escrever "otorrinolaringologista" de uma vez, sem ter que apagar e voltar. Para escrever esse p.s. eu tive que corrigir, palavrinha grande, viu?

Dia 14.

Hoje é véspera de natal e eu fico imaginando quantas médicas e médicos devem estar longe das suas casas e das suas famílias para estar perto de sua vocação e paixão.
É um pensamento bem bobinho, mas imagino o quão grande é a fé naquilo que você faz para poder distanciar você da rotina que você foi construindo durante toda a sua vida nos feriados e dias como o de hoje.
E também tem a grande questão de saber equilibrar tudo, o seu tempo no trabalho e o seu tempo livre com a família, amigos e só com você mesmo.
Esse ponto acho que não tem por onde fugir, podemos até pegar uma ou outra dica sobre o assunto, mas só com a experiência mesmo é que dá para saber como equilibrar as coisas.
Eu sempre penso no pessoal do Médicos Sem Fronteiras, em como eles abandonam tudo para tornar as coisas um pouquinho melhor para alguém.
Eu pretendo um dia fazer isso com eles, admiro muito a organização e a proposta deles.
Espero chegar lá.
E eu vou.
Até o próximo pessoal!
Ah, sei que quando vocês lerem isso já vai ter passado, mas feliz natal!

Dia 15

Ontem começou a ficar difícil.
A rotina de final de ano, não dormir bem com o nervosismo, e ter o quarto bagunçado (estou dividindo meu quarto porque minha avó veio visitar a gente).
Ontem não aguentei.
Dormi. Sei que não faz sentido me sentir culpada, mas sei também que esse é um fardo que você sabe que vai ter quando está se preparando para enfrentar uma concorrência de nível alto.
Ontem algumas coisas ajudaram, pensar que essa não é a fase mais difícil me ajudou muito.
Pensar que aqui e agora é só o caminho.
Isso é algo que tento manter em mente porque sempre ajuda.
Mas é bem mais difícil em alguns dias. Me sinto extremamente estressada e insatisfeita e parece o tempo todo que sou só uma confusão, mas uma confusão que agora tem um foco mais definido.

Dia 16

É o hoje (em relação ao dia 15).
É extremamente ruim me sentir ser tão irritadiça, estressada e impaciente. Parece que o dia do nada encurtou e o cansaço ganhou uma intensidade maior. Me pergunto se vou conseguir vencer isso.
Ainda tem uma festa no final do ano que vou sem a menor vontade, mas vou por causa da família.
Ainda tem a musculação que eu detesto e ainda assim faço só por minha mãe já ter pago as mensalidades.
Todo mundo na minha casa costuma me ajudar muito, e eu não sei o que faria sem eles, mas estou muito muito cansada.
Tenho medo de tirar o dia de hoje para descansar a cabeça e acabar me sentindo mais culpada ainda, mais errada.
Não tenho tempo para mim, e eu preciso ficar sozinha para me manter sã, nem que seja por pouco tempo durante o dia. Faz tempo que eu não chorava por cansaço.
O dia não foi de todo ruim, partes isoladas dele foram até mais boas do que o esperado.
O todo, a família, a saúde, a casa, também não está ruim. Sei que o problema sou só eu, mas não sei como lidar com isso ainda.
As coisas tem que melhorar. Por experiência própria, acho que são boas as chances delas melhorarem mesmo eventualmente.
Ontem quase matei a Gertrude, mas até o fim desse dia, ela segue bem.

Dia 17.

Olha, me sinto bem melhor.
Acabei de ver o quanto vale a pena se dar uma noite de folga nos estudos. É maravilhoso.
Parece que não tem mais choro preso dentro de mim, sabe?
Também descobri o que provavelmente foi um grande influenciador dos dias ruins que tive: acordava a noite toda.
Descobri isso porque essa noite mais fiquei acordando do que dormi, tudo isso pelo calor intenso que sinto aqui em casa, já que estou dividindo o ventilador com meu irmão e praticamente não pega vento aonde eu estou no quarto, parece que passei a noite correndo só do suor na camisa e grudando os cabelos na nuca. Imagino que foi importante descobri essas duas coisas, para me organizar e ir me conhecendo e adaptando a nova rotina.Acho que vou comprar minha mochila e cadernos hoje, estou estudando em folhas de ofício soltas e sei que a longo prazo é muito ruim para organizar e rever os conteúdos.
Volto para vocês depois!
Até!

Dia 17 (continuação)

Pensei em algumas coisas que poderiam dar errado nessa minha trajetória.
Não acho que seja aconselhável fazer isso (ou talvez seja, para você pensar se vale a pena... Não, não é, não faça isso)
Muita coisa pode dar errado.
Mas eu quero, sabe? O que mais eu faria da vida?
Se fosse uma urgência de ultimo caso, eu abriria mão disso, tipo se fosse algo pela família, algo ruim demais.
Mas todos estamos, graças a Deus, os deuses e tudo o mais, bem.
Estamos com saúde, quase não temos dinheiro para o tanto de despesas que temos, mas estamos vivos, saudáveis e unidos.
E estou investindo no meu sonho.
Que palavra estranha de falar, mesmo que só digitando. Sabiam que eu sempre desejei ter um sonho?
Um sonho de verdade, algo que me estimulasse a lutar com tudo o que eu pudesse.
Enfim, agora sim vou indo. Não comprei meu material hoje, mas talvez logo logo eu faça isso.
Até o próximo! Obrigada por me ler!

Dia 18.

1º dia do ano de 2018. Gente vocês estão entendendo como essa série de textos é composta?
Deixa eu explicar melhor, ela não é uma sequência de 10 dias corridos, mas uma sequência de pensamentos que tive durante determinado período e que espero acumular os 10 "dias de pensamento" para postar. Assim não fica muito longo, nem uma sequência de textos curtos todo dia.
Enfim, hoje me deparei novamente com um momento que acredito já ter mencionado com você e que, provavelmente, ainda mencionarei diversas vezes: A dificuldade que é lidar com a jornada que eu escolhi buscar quando se tem uma independência tão grande.
É o seguinte, para deixar claro, eu amo fazer minhas coisas sozinha e amo mais ainda não precisar de alguém para realizar minhas coisas. Foi um fator decisivo na escolha do meu atual curso, a rapidez de conseguir uma fonte de sustento.
Até conseguir ser médico, são anos de cursinho e depois anos de faculdade (os anos de faculdade e residência são necessários de verdade, mas acho que seria bem melhor se não fosse tão pesado aqui no Brasil conseguir uma vaga no curso). Até lá, ou você consegue se virar de alguma maneira x ou tem que contar com alguém para te sustentar, sejam os pais, padrinhos ou o que for.
É a pior parte para mim.
Se eu soubesse fazer algo que pudesse me garantir uma renda pelo menos para ir me virando já acharia show. Só quero não ter que pedir dinheiro e tirar o peso das minhas despesas das costas dos meus pais, que já trabalham muito.
O pior é que eu já tentei ser da Administração, mas só consigo me sair bem na administração (seja o curso ou o estágio) quando penso nisso só como uma fase. Já tive momentos bem deprimentes pensando que isso seria a minha vida.
Não posso dizer que não tentei.
Mas cursar administração só pela rapidez do dinheiro não me fez bem.
Então em dias como hoje, preciso manter bem a calma e me esforçar de todas as maneiras para manter a cabeça no lugar e não ficar surtando pelos cantos.
Tento me distrair e lembrar de tudo o que me motiva nos momentos em que eu estou mais firme.
Hoje deu certo, consegui terminar o dia sem pensar no quão arriscado é ter um sonho desses para a minha realidade. E olha que eu quero muito, mas sempre dá aquele medo de estar deixando de ajudar em casa.
O que me mantém firme também é o pensamento de quando eu estiver trabalhando na área, além do pensamento de a fase que eu estou é como se fosse o pré-nível 1, e que lá na frente vai ser bem mais puxado. Se eu vou conseguir quando estiver lá, consigo enquanto estou aqui.
Agora vou dar mais uma lidinha aqui em "No Mundo da Luna", da Carina Rissi. Nem sei quantas vezes li esse livro, só sei que foram muitas e sei também que valeu a pena ter "descansado" hoje, já que amanhã começa a rotina estágio-vida-estudos de novo.
Espero que o seu ano seja maravilhoso e obrigada por me ler.
Até logo!

"Descansado" = rotina de fazer comida em casa e preparar as coisas para o dia seguinte no estágio. Aproveitei bastante o dia de hoje para esquecer do estágio amanhã.



Dia 19

Oi, leitoras e leitores!
Estou bem cansada, comprei uma boa parte do material, faltam algumas coisinhas.
Muito cansada, mas feliz em ver que estou realmente investindo na minha jornada. Sei que ninguém tem que ficar preso a material para fazer as coisas, economizei o máximo que pude, mas facilita muito.
Estou sinceramente muito, muito cansada. Ainda bem que é fisicamente, apenas. Já são 20h12 e ainda nem tive tempo/disposição de tirar a farda do estágio. Vou trocar a roupa e fazer meu jantar, falo com vocês depois.
Cheiro, até!

Dia 20

Oi, leitoras e leitores!
Talvez um ou dois dias atrás tive outro momento de tristeza.
Ter que trabalhar em algo só pelo dinheiro é desgastante demais, mas ficar sem um emprego(ou pelo menos um estágio) é emocionalmente pior.
Ontem fui ao IMUSIC, foi o primeiro dia do evento e passei o dia todo me sentindo meio emotiva. Não tinha nada a ver com o show, creio, mas o show foi um suspiro, sabe? Foi um alívio.
Ainda não sei bem lidar com a rotina sem desanimar com a rotina, e não estou falando dos estudos, mas estou falando da vida de obrigações para-além dos estudos.
Ontem em pelo menos dois momentos durante o dia eu fiquei pensando em como seria bom se eu conseguisse ser feliz na carreira em que já estou inserida, em como seria melhor para ajudar em casa continuar algo em que já estou encaminhada e que peso eu não tiraria das costas dos meus pais, além de melhorar um pouquinho as coisas para o meu irmão, por mais simples que seja.
Seria mais fácil assim, não seria?
Infelizmente, ou felizmente nesse caso, eu sempre lembro como ficava ao imaginar que toda a minha vida seria naquela área.
É irritante saber que uma parte de mim quer insistir nessa área pela rapidez de se inserir no mercado,  meu desejo de ajudar de verdade em casa me faz balançar demais quanto a isso.
Eu sempre acho que vai ter um jeito de mudar as coisas, de me adaptar.
Mas eu nunca consigo viver de verdade abandonando as coisas que eu quero sabendo que eu não tentei de verdade, sabe? A consciência castiga as vezes e não tem como fugir dela.
Ah, comprei minha mochila. É estranho porque o material que eu comprei parece uma prova física de que eu estou tentando de verdade. Sei que é bobagem, mas vai tornando as coisas um pouquinho mais reais (não lembro se já comentei por aqui).
Esse foi o segundo texto, ainda sinto que faltou colocar algo aqui para vocês, mas não recordo o que é e o próximo texto está querendo ser escrito, está na minha cabeça o tempo todo.
Ah, lembrei, vou tentar me inscrever para um cursinho de final de semana!
Mas isso é assunto mais para frente!
Até o próximo!
Espero que tenham gostado e podido tirar algo desse texto.
Obrigada por me lerem. De verdade, eu agradeço.
Até!

Comentários

  1. Te amo minha linda. Boa sorte na sua jornada do Herói.

    P.s: nao consegui escrever otorrino de primeira ou segunda. Ainda não consegui por isso coloquei apenas Otorrino.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Produtinhos preferidos - Resenha: Keraform Cachos Definidos (Creme para pentear)

Resenha - Filme "Felicidade por um fio"

Resenha de produtos para cabelo! Vem conhecer o Yamasterol Cachos Co Wash Condicionador!