As cartas que eu escrevo

Olá leitoras e leitores!
Vocês tem alguma coisa que gostam muito de fazer independente de estar "em uso" ou não?
Eu vou falar aqui sobre uma das coisas que eu mais gosto de fazer e tentar expressar o que ela representa para mim.
Você provavelmente já sabe por causa da imagem, mas uma das coisas que ouvi muito em certos momentos é que "o óbvio precisa ser dito".
Eu amo escrever cartas.

E isso vem desde criancinha, lembro que eu escrevia cartinhas ao meu pai pedindo para ele comprar coisas para mim, porque tinha medo de pedir pessoalmente e ele brigar comigo por ser besteira.
De fato, acho que esse é o grande poder das cartas, escrever sem máscara alguma.
Quando você escreve cartas, você pode ser apenas você e os seus pensamentos sem qualquer tipo de preocupação sobre como a pessoa vai te ver depois daquilo. Mais que na vida real, as cartas tem uma abertura para sinceridade muito raras de se ver pessoalmente conversando com alguém, nas interações sociais sejam elas quais forem. Nas cartas você pode colocar seus pensamentos, sentimentos e todo tipo de emoção de um jeito puro e sincero e ser claro com as pessoas de uma maneira que pode ser considerada sentimental ou emotiva demais ou mesmo dura demais para uma conversa de dia a dia.
Só que as cartas que eu escrevo eu gosto de entregar pessoalmente, gosto de ver a pessoa recebendo aquele envelope geralmente colorido e aquela cara de curiosidade sobre o que tem dentro da carta.
Todo envelope fechado é um universo de possibilidades, ainda mais se o que tem dentro deles são palavras.
Para as pessoas próximas, eu escrevo para tentar fazer elas se verem da melhor forma que eu vejo elas. A carta é delas, eu deixo isso claro, podem guardar ou jogar fora, contando que tenham entendido o que eu quis expressar para elas.
Guardar pode ser uma boa para quando você precisar lembrar daquelas palavras. Todo mundo tem dias ruins, palavras sinceras e positivas de uma amiga podem ajudar um pouquinho que seja nesses dias.
Se sentir querido sempre ajuda.
Mas jogar fora também pode ser bem significativo. As cartas tem nelas emoções para o remetente e o destinatário daquele momento. Elas podem durar a vida toda, mas elas também precisam apenas ser sentidas pessoalmente, internamente, pelo leitor para que elas tenham um real significado.
Ter ou não o pedaço material do papel em que elas foram escritas não é tão importante quanto entender o que as palavras quiseram alcançar e causar em você, digo, no receptor da carta.
E olha, vejo muitas pessoas incríveis duvidando do potencial delas todos os dias e em vários momentos. Gostaria que essas pessoas pudessem ver tudo o que vejo de positivo nelas.
Sei que uma carta não vai mudar todas as concepções e opiniões sobre o mundo de uma pessoa. Sei que ela não vai abolir cada medo e insegurança do coração, da mente e da alma ou seja do que for da pessoa. Mas demonstrar é muito importante para os envolvidos na troca de cartas.
Demonstrar e lembrar.
As vezes as pessoas maravilhosas sabem que são maravilhosas, ou pelo menos sabem que deveriam ser maravilhosas por algum motivo, mas não lembram que motivo é esse exatamente.
Nesses casos eu gosto de colocar na carta alguma coisa dita pelo coração no momento sobre algo incrível que aquela pessoa pessoa e esqueceu.
Acontece, esquecer faz parte.
Mas lembrar é ótimo, não é? Ver ali o que você já fez dá uma sensação boa no espírito/na consciência.
Outra coisa gostosa que se tem em escrever cartas: Você pode ser estupidamente piegas, se for o que seu coração hipotético/emocional disser/quiser que você seja.
Ninguém vai chegar no outro dia dizendo "HE! HE! OLHA O QUE VOCÊ COLOCOU NAQUELA CARTA TOSCA", principalmente porque é uma ligação íntima ler uma carta que uma pessoa fez especialmente para você. É uma ligação íntima. Pessoal. E é para ser sincera, senão não vale a pena.
É dedicar um tempinho só seu para fazer algo só para aquela pessoa.
Uma coisa que eu tento fazer é não escrever palavras que eu acho que poderiam me deixar arrependidas no futuro e escrever o que é, não ir a mais nem a menos do que o que eu sinto. Espero ter conseguido todas as vezes, não lembro de ter me arrependido de alguma carta.
Escrever cartas pode ser uma maneira física de demostrar gratidão pela pessoa que está na sua vida também.
Quando souber o que dizer: escreva cartas.
Quando não souber o que dizer: escreva cartas também. O seu destinatário provavelmente vai gostar daquele presente e do que você quis expressar com aquilo.
E pode ser para qualquer pessoa, até uma pessoa famosa que causou alguma coisa em você com a arte dela, já entreguei cartinha para Carina Rissi sem nenhum arrependimento*.
Mas escrever para as pessoas próximas, de novo, faz elas verem um pouquinho do que elas significam para você, mesmo que elas não percebam ou se lembrem disso. Exercite essa prática, e se gostar, siga com ela.
Ter uma maneira de se expressar em vários níveis é ótimo!
O texto está dando adeus com uma cosquinha no coração que eu amo sentir, de ter escrito o que tinha para escrever (por enquanto) sobre isso.
Espero que tenham gostado, que tenham tirado alguma coisa desse texto.
Obrigada por me lerem!
Até o próximo!

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