Novas modas, velhos medos

Olá leitoras e leitores!
Vou falar de uma experiência quentinha, que acabou de acontecer e me fazer refletir um pouco.
Estava em uma loja de calçados e mochilas (esse tipo de loja) e, na fila para o caixa, me peguei prestando atenção na conversa dos outros.
Não foi por mal, sério. Só que era um trio de garotas que estava logo atrás de mim, literalmente não tinha ninguém entre elas e eu.
Entre fofocas desnecessárias sobre pessoas aparentemente que conviviam com elas na igreja, começaram a rir de uma sandálias que estavam muito em alta esse ano, falando como elas eram horríveis e um monte de coisa ofensiva real e não no sentido de ofender "blogueirinhas".
Isso tudo por causa do modelo das sandálias.
Desnecessário demais. Fui reparar no todo do discurso das três garotas.
O que me pareceu foi que elas apenas tinham medo uma da opinião da outra (piores tipos de amizade) e só iam em uma onda que as três criavam juntas.
Não estou condenando elas pela a amizade que elas tem, quero que entenda o teor do texto.
Elas tinham medo uma do que a outra iria falar se alguma delas usassem aquele calçado, então por mais que tivessem cogitado usar um dia, provavelmente não usariam.
Não conheço elas.
Só que isso me fez pensar muito sobre o tanto de prisão que a gente se mete por bobagem.
Uma coisa que eu passei toda a minha adolescência sem entender e que hoje entendo um pouco mais é que não é preciso ter medo do que esta na moda. Não é preciso achar que as pessoas irão te colocar em um pacote de estereótipos por causa de uma coisa que você achava bonita e queria usar.
Elas irão fazer isso, não se engane.
Mas você vai deixar de fazer o que quer por causa delas?
A gente está sujeita a julgamentos o tempo todo, e eu falo isso porque eu acabei julgando a amizade das meninas que me fizeram ter a reflexão que estou falando aqui, mas quanto tempo ficaremos presas em muros que nós mesmas criamos? Sofreremos tristezas que não precisam existir e mal nos damos conta disso? Tristeza que só existe por causa de um olhar diferente do outro é muito ruim.
Desejo sinceramente que cada pessoa que esteja lendo esse texto e que o máximo de pessoa possível nem precise dele para se dar conta disso.
Sei que é muita audácia querer que meu texto mude sua percepção, mas quem não espera alguma coisa quando escreve um texto?
Voltando... Era algo que eu tinha muito medo durante a adolescência, de acharem que eu não tinha minha identidade própria por gostar de algo que estava na moda.
Já me privei de muita coisa.
Hoje tenho uma percepção, sei que ela pode (e provavelmente vai) mudar um milhão de vezes ainda, mas o que eu acredito hoje é que a moda não é para prender.
De maneira nenhuma.
Não é para você se matar, não é para você destruir sua essência só para se adaptar a alguma nova "imposição" do que é moda. Mas também não é para você deixar de fazer, usar e vestir o que quiser por medo de acharem qualquer coisa x sobre você.
A expressão chave é: Não se deixe prender. Seja livre. Se conheça.
Se você se conhecer de verdade, nenhuma "imposição" de moda e nenhuma cara feia para sua roupa vai fazer se sentir feia, ou não se sentir bem.
Use a moda para se expressar. Para expressar quem você é.
Ela, a moda, está aí para isso.
Espero que você saiba escolher a sua e não deixe que sua moda seja apenas o reflexo de um punhado de opiniões diferentes.
Espero que ela mostre um pouquinho do que você é.
O texto vai ser curtinho assim mesmo, acho que ele já conseguiu passar minha mensagem até aqui.
Espero que tenha podido tirar um pouquinho dele e que tenha aproveitado!
Até o próximo!