Encontros Universitários UFC 2017, contando um pouquinho de como foi

Do dia 8 de novembro, ao dia 10 do mesmo mês, não teve aula, foi período de feriado lá na Universidade Federal do Ceará. Pelo menos, foi isso para quem não apresentou nada nos Encontros Universitários de 2017. Eu, por exemplo, aproveitei muito do evento, as exposições, apresentações científicas, artísticas, as oficinas e as comidas que foram vendidas no evento.
Deixa eu colocar a descrição do evento no final do texto, para ficar mais completinho.
A melhor parte dos Encontros é quando você bate de frente com as diferentes realidades dentro da Universidade. Uma das coisas que eu mudaria na UFC, caso pudesse, é a distância entre os campus, então você pode imaginar como esse evento é animador e mágico para mim.
As apresentações e oficinas, pelo menos a maioria, são no Instituto de Cultura e Arte (ICA), que por si só já é encantador. É muito colorido, tanto as paredes, como o clima, é um ambiente acolhedor e tranquilizante. Pelo menos para uma visitante, mas acho que os estudantes de lá também sentem isso. Não sei se cotidianamente é assim, mas durante os Encontros, que é quando tenho tempo de passar boa parte do dia lá, pelos corredores mesmo sempre tem alguém tocando algum instrumento, um grupo representando alguma coisa, algum ensaio de dança, alguma improvisação. Parece que você está em uma cena de algum filme daqueles que para todo lado que você olha, tem arte.
Fora o ambiente, quando você conversa, um pouquinho que seja com as pessoas que estudam lá, você se sente acolhido e tranquilo. Muitas pessoas mudam sua cabeça, tem muita gente sem “amarra”, sabe? Que é o que é e pronto. E isso é uma delícia de ver, estimula você a ser você também. Muita gente estilosa, muita gente feliz, muita gente que não tem a menor vergonha em ser única.
Vamos com calma, só estou dizendo que a maioria das pessoas é assim por lá, realidade  diferente da que eu vivo.
Vou falar um pouco de algumas coisas em que participei lá, trouxe umas imagens também.
Bom, comecei o dia 8, primeiro dia de evento, assistindo a uma oficina de aquarela. A oficina era gratuita e depois dela eu descobri que os responsáveis pela promoção daquela oficina, a galera da Bolsa Arte Moda UFC, sempre fazem essas oficinas gratuitas, só pedem que você leve os materiais, não é legal?
Particularmente acho uma oportunidade incrível, principalmente que ama esse tipo de atividade, mas não tem como investir financeiramente nisso. As ideias do projeto, pelo o que entendi, são bem criativas e diferentes, por exemplo, vai ter uma oficina com o uso de esmaltes nas pinturas, mostrando que dá para fazer arte com tudo.
Enfim, a oficina que participei era de “Teoria da cor através da aquarela” como uma amante de pinturas feitas de aquarela, não podia perder e, mesmo com o número de inscrições limitadas, consegui garantir minha vaga nessa oficina.  
O mais importante que tirei dessa experiência, ou pelo menos, uma das coisas mais importantes, é a necessidade de realmente se estudar a arte, independente do que ela seja feita. É claro que a essência do que o artista quer expressar é a coisa mais fundamental que existe (pelo menos para mim), mas saber o que se está fazendo abre novas oportunidades de se expressar, novos horizontes até para o que o próprio artista quer expressar. Eu ainda tenho muito a aprender sobre a arte, mas esse fato até agora não tinha passado pela minha cabeça, não dessa forma.
Em nenhum momento foi falado que era obrigatório fazer tal coisa de tal jeito nas pinturas, mas o tempo todo foram mostrados instruções que não tiram a liberdade do artista, mas acrescentam a ela.


(Misturas feitas pela facilitadora da oficina)

As cores, no geral, são extremamente curiosas, as combinações, os significados, é muita coisa. E olha que a aula foram poucas horas, imagina o mundo de coisas novas para aprender sobre elas que não tem por aí, prontas para serem descobertas.
Ah, também foi ótimo pegar em aquarela daquela qualidade pela primeira vez. Eu pintava com aquarela, mas a que usava era das mais simples, de estojo infantil, e de uma qualidade tão boa, que parecia mais tipo pastel do que aquarela. Ainda assim sou muito grata a ela, me ajudou muitas vezes a pintar e aprender coisas e a arriscar cores.
O desenho que eu fiz não ficou dos melhores, mas para mim foi muito especial ter feito ele. Ainda está alí, em cima da minha mesinha.
Talvez pela qualidade da aquarela disponível lá ser melhor do que a que eu já tinha usado, achei complicado controlar a tinta de início, mas acabou que eu fiz mais ou menos o que queria.
A oficina foi ministrada por uma aluna da Bolsa Arte Moda, e foi muito produtiva. A organização está de parabéns.


Falando na organização do Bolsa Arte Moda, eles também tiveram uma exposição no espaço de arte dos Encontros Universitários chamada de ArtWork, composto pelos temas Energia Jovem, Afinidade, A Vida Terrena, Infusão, Noturno e Design Substancial.







ATENÇÃO! A partir de agora eu vou falar o que eu vi das imagens do modo mais simples possível, deixando claro que os criadores delas, são os alunos da Bolsa Arte Moda e que sou apenas uma admiradora.
Energia Jovem: Tema composto por 9 imagens, com muitas cores vivas, fortes, neon, imagens fantasiosas e cotidianas representando, para mim, amor, moda, diversão, alegria, solidão e confusão.
Afinidade: As 5 imagens com algumas variações de tons da mesma cor mostram de forma bem clara afinidade, gostos e confortos.
A Vida Terrena: 7 quadros. O dos que mais me surpreendeu pela retratação de algumas pessoas com detalhes em outros materiais que não tintas, mas linhas de costura, por exemplo.
Infusão: Os quadros mais estilosos, 9 ao todo, retratando o soul, imagens futurísticas, o apego as redes sociais utilizando não só lápis ou tintas, mas também com técnica de colagem.
Noturno: 12 imagens retratando criaturas sozinhas, na imensidão, no próprio rumo e na própria moda.
Design Substancial: 6 pinturas com uma mistura muito legal de textos em colagens e repleto de mensagens sobre a força do design.
Esses foram os temas da exposição ArtWork da Bolsa Arte Moda 2017, se der curiosidade, confere a página deles no facebook clicando aqui! Se você for de Fortaleza/Ce, pode ficar sempre de olho na página deles e ver as oficinas disponíveis, inscrição e material necessário. Fica aí mais imagens dos trabalhos apresentados na exposição deles.








                    (Imagens da Exposição ArtWork, produzidas por alunos da bolsa Arte Moda)

Essa foi só a primeira exposição do Espaço de Artes Cênicas dos Encontros Universitários 2017 da UFC, ainda tem algumas coisas para falar com vocês aqui, como por exemplo a exposição Desenhos Nus Em Grafite, da artista Renata de Oliveira Santos, com 7 imagens retratando diversas mulheres, independente do corpo delas ter nascido com o corpo feminino ou não… Uma das mais sensíveis é a retratação de uma mulher que (pelo menos eu associei a isso) teve um seio retirado por câncer de mama.
É incrível como tem pessoas extremamente talentosas pertinho de você e você mal tem como saber disso. Se não fossem pelos Encontros Universitários eu nunca saberia de tanta arte assim produzida por alunos da UFC.
A última exposição que eu vou falar um pouquinho das que eu vi nos Encontros é uma exposição fotográfica fantástica nomeada “Á flor da pele”. Mulheres em toda a sua sensualidade e feminilidade, em toda  a sua beleza. Mulheres unidas, felizes e de bem com o próprio corpo em um cenário mais “urbano”; mulheres com rosas, luzes, sombras, maquiagens e amor.
Essa exposição é muito tocante, mostra a beleza das mulheres retratadas de uma maneira tão simples que você acaba sonhando em ser uma delas mas, no final da exposição, você acaba percebendo que já uma daquelas mulheres incríveis, só precisa perceber isso.
Imagino que esse seja o texto mais longo exposto até agora no blog e ele já está se despedindo… A artista que fez o ensaio e as modelos estão de parabéns… Acabei não achando o nome da artista nas minhas anotações, nem nas fotografias que tirei para conferir depois, então peço perdão por isso e novamente, parabenizo o trabalho!
Só a amostra de arte foi muito, muito, muito, muito mais que isso, só não pude dar atenção a tudo porque só visitei exposição em dois dos três dias e não pude pegar todos os detalhes. Mas olha, tinha de tudo lá, tinha exposição de xilogravura, de fotografias táteis, sobre a guerra, sobre o próprio ICA, inúmeros desenhos, representações de misturas, representações falando sobre a situação da mulher em meio ao mercado de design entre outros! Valeu muito a pena essa experiência, como da primeira vez que participei dos Encontros em 2016, mas essa eu sinto que pude aproveitar de uma maneira bem melhor, foi uma experiência bem mais rica para mim. É muito talento, realmente inspirador!
Bom, agora sim esse texto está se despedindo, espero que tenha gostado das imagens (desculpe pela qualidade, fotos tiradas pelo celular, mas até que ficaram legais).
Espero que tenha gostado de conhecer um pouco do que vivi nos Encontros Universitários de 2017 e olha… ainda tem muita coisa que não coloquei aqui, como as experiências científicas por exemplo…. é sempre uma experiência bacana e tentei colocar só coisas do lado positivo aqui por enquanto! Tomara que tenha podido tirar algo legal desse texto e aproveitado um pouquinho dele!
Até o próximo!


Esse foi o texto de descrição, tirado do próprio site do evento em 13/11/2017.
Este evento proporciona à comunidade universitária, em especial aos estudantes, um momento de vivência singular, que transcende a integração de várias áreas, troca de experiências, ampliação de conhecimentos. O crescimento dos estudantes se inicia a partir do momento em que buscam seus orientadores e equipe para decidirem sobre o trabalho a apresentar, a organizarem os dados, a coletarem mais informações, a prepararem os resumos, a planejarem suas apresentações, sempre buscando fazer o melhor e atentos a uma boa comunicação na hora certa. Os orientadores são parte fundamental nesse processo de crescimento dos estudantes que, dia após dia, trabalham juntos com o objetivo de produzirem algo inovador, de prestarem um serviço com melhor qualidade à comunidade, de aperfeiçoarem métodos e técnicas de ensino, enfim, a cumprirem o seu papel de educadores. O momento dos Encontros em si é a culminância do esforço conjunto, de estudantes e orientadores, fruto do compromisso, da dedicação e da responsabilidade de cada um, que traz em si o sentimento de pertencer à Universidade Federal do Ceará.”

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