Na Natureza Selvagem (Into The Wild)

Na Natureza Selvagem é um filme de biografia, baseado na grande aventura que foi a vida de Christopher McCandless. Christopher McCandless e sua irmã tiveram uma infância conturbada pelo relacionamento dos pais, que apesar de serem prósperos financeiramente, não conseguiram manter um ambiente propício para crianças viverem. Christopher foi um acadêmico exemplar, leitor assíduo de grandes autores como Tolstoi, por exemplo, e admirador da natureza e da liberdade de uma forma tão esplendorosa que decidiu abandonar toda a hipocrisia que acreditava ser sua vida.
Assumiu uma nova vida, uma nova (e irônica) identidade, e Alexander Supertramp leva adiante o sonho de Christopher McCandless de chegar ao Alasca com o mínimo necessário para isso. Abandona a família sem maiores informações, deixa o carro, queima o dinheiro que lhe resta e cortar todos os documentos de identificação. Ele não acreditava que as relações humanas eram a coisa mais importante da vida, ele acreditava na natureza e no que ela dá (pelo menos foi o que deu a entender pelo filme).
Toda a trajetória estimulante e inspiradora de Alexander tem um final por meio da própria natureza, por meio de uma confusão envolvendo plantas que ele usava para alimentação. Sua despedida do mundo foi no que foi sua casa por algum tempo “O Ônibus Mágico” e teve um momento lúcido de reflexão que chegou a seguinte conclusão “Felicidade só é real quando é compartilhada.
O filme todo é cheio de personagens apaixonantes e momentos de aprendizado por parte deles, é inspirador e tranquilo. Ainda não li o livro, mas pelo o que eu soube dele, foi deixado de lado a ligação do Supertramp com a sua câmera, onde estava a famosa foto dele compartilhada pelo mundo, encontrada em sua câmera depois que caçadores encontraram seu corpo no Ônibus Mágico. Também tenho a opinião de que alguns momentos foram retratados com exagero maior do que o que eu aprecio, por exemplo o momento que Alexander descobriu que estava sofrendo os efeitos do veneno de uma batata selvagem. Mas isso não tira o brilho que o filme tem, com fotografias maravilhosas e uma trilha sonora apaixonante. Esse refrão é de uma música que faz parte da discografia do filme e retrata bem o que o Alexander parece sentir ao longo do filme:

Sociedade, essa raça louca
Quando você quer mais do que possui
Você pensa que precisa
E quando você pensa mais do que quer
Seus pensamentos começam a sangram
Acho que preciso encontrar um lugar maior
Já que quando você tem mais do que precisa
Você precisa de um lugar maior
Espero que não esteja só sem mim
Sociedade, realmente loucos

A música é “Society” de Eddie Vedder...

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