It - A Coisa
Fui assistir It - A Coisa no cinema. Eu estava com a expectativa de sair de lá transtornada pelo medo, contudo, foi uma experiência maravilhosa. O filme se passa com crianças dos anos 80 e traz todo o charme da época. Ao assistir o filme tiveram doses de humor, principalmente pelo personagem do ator de Stranger Things, Finn Wolfhard, tiveram doses de medo, sustinhos básicos, traumas e coragem e, principalmente, a amizade dos integrantes do Clube dos Otários (Losers Club).
Eu fui assistir 5 dias após a estréia e mesmo assim a sala estava lotada, me senti em um teatro com a platéia participando. Impressionante a reação em grupo das pessoas. Nos momentos fofinhos tinha um “oooown”, nas piadas e tiradas engraçadas do Richie Tozier parecia aquelas risadas que ouvimos em sitcoms e sempre tinha uns ou outros que gritavam e pulavam nas cadeiras por simples mudanças de sons no filme, pelo o aparecimento do famoso palhaço dançante ou pela mudança no foco da câmera.
É uma experiência particularmente interessante e fabulosa observar as reações das pessoas. Acho que as pessoas que assistem na estréia devem ter reações ainda mais interessantes e particulares, é maravilhoso notar esses detalhes.
Talvez tenha muito a ver com o público alvo, era um público muito jovem no dia que eu fui, independente da idade, todo mundo estava muito animado, mesmo que provavelmente alguns de lá já tivessem assistido ao filme, a concentração e animo tinha quase um espectro perceptível em todos na sala. Poucas pessoas parecem não gostar dessa reação grupal e em alguns momentos fizeram cara feia, mas ninguém reclamou com ninguém sobre barulho (pelo menos, não que eu visse) e já vi gente reclamar por coisa bem menor que essas reações no cinema.
Não sei se foi do agrado geral, mas amei a filmagem, como eles posicionavam as câmeras e a fotografia do filme ficou muito bacana e ainda teve a maravilhosa atuação das crianças. Pelo menos para mim, a atuação do Jackson Robert Scott foi incrível, principalmente nos momentos que ele teve que se debater, sei que ele estava fazendo o trabalho dele, mas ele fez de forma impressionante. Ah, esse é o ator que faz o George, o menino da capa amarela. Também teve a atuação da Sophia Lillis, a única menina do Clube dos Otários, que interpretou a Bervely. Apesar de todo o terror proposto no filme, Bervely (e quase todos os personagens) tinham um lar antipático para crianças e a atuação de Sophia retratando o que Bervely sofria em casa merece seu destaque.
O filme teve um equilíbrio muito bom entre as coisas fantasiosas, assustadoras e infantis e as coisas traumatizantes e confusas para as crianças. Em uma escala de 0-10 para mim, o filme foi um ótimo 8.5. Ah, eu esqueci de mencionar, eu falei “ótimo” porque não sou fã de filmes de terror/suspense, mas esse realmente valeu a pena assistir.
Esse foi um daqueles filmes que dá uma curiosidade medonha de fazer a leitura do livro e se aprofundar na história, tentar descobrir a verdadeira história do Pennywise, o que acontece com os garotos do filme...
Depois de ter assistido esse filme tive que assistir a primeira versão dele, lançado em 1990, foi quase uma necessidade fazer uma comparação entre os dois por mim mesma e claro, arrastei o Michael comigo (tínhamos ido assistir juntos o It 2017) para comentarmos juntos o que cada um achou das diferentes versões. Concordamos em um ponto, achamos o de 2017 melhor, mas respeitamos o clássico de 1990, que deve ter sido assombroso na época em que foi lançado, só que como uma pessoa de 2017 falando (e agora acho que estou falando só por mim) não posso esconder a semelhança que achei (será que vou ser criticada por esse comentário?) da cena final do filme com os monstros que apareciam nos Power Rangers.
Agora só falta ler It para realmente ter um embasamento maior para entender e comentar a história mas, até então, vale a muito a pena assistir aos filmes! Ansiosa pela continuação!
Comentários
Postar um comentário