Anitta, Karol Conká

Olá leitoras e leitores!
Esse texto não é (apenas) para fãs ou admiradores das cantoras do título, é mais para falar um pouco sobre as mulheres de hoje!
O feminismo é um movimento que busca direitos iguais entre homens e mulheres.
Hoje ainda há muita discussão sobre essa simples (mas forte) definição, mas hoje há, também, um número maior de gente conhecendo a definição, compreendendo e se declarando feminista. Isso é lindo. Porque o feminismo é, basicamente “Se você quer ficar em casa e cuidar do lar, faça o que for preciso para isso, mas se você não quer ficar em casa e cuidar do lar, faça o que for para isso. Se quer os dois… bem, você já sabe, faça o que for preciso para conseguir isso”. Feminismo é “Querer que você e eu tenhamos opções para realmente escolher o que preferimos” independente do que seja.
Apesar de tudo o que ainda não foi alcançado, pelo menos a liberdade ou a vontade de ser livre de todo está aguçada. A liberdade para gostar de cantoras como Anitta, Karol Conká, a liberdade de não gostar delas, a liberdade para cantar, dançar ou não fazer nada disso… Ainda não chegamos no ideal, mas parece que estamos cada passinho mais perto disso.
Naturalmente, acabamos conhecendo mulheres de diversas personalidades e crenças durante a nossa vida e é uma grande oportunidade tentar ver pelo o ponto de vista de outra pessoa, concordando ou não com ele. Tentar entender as diferentes maneiras de se pensar. Ainda é muito complicado porque é extremamente comum alguém não saber dialogar sobre ideias diferentes sem acabar discutindo, se magoando ou comprando mesmo briga com coisas simples de discordância.
Ainda assim, correndo o risco de ser redundante, a necessidade do feminismo é a liberdade para ser o que a mulher quiser ser, sem qualquer implicação a mais pelo simples fato de ser mulher. É como olhar por um prisma e cada ponto tivesse uma diferente personalidade, uma diferente mulher com os “quereres” mais diversos possível e querer que cada uma delas tenha o seu lugar desejado. Conversar e tentar entendê-las, por mais difícil que seja, é muito legal também.
As cantoras do título trouxeram isso a tona e vou dizer, em pleno 2017 isso precisava e precisa vir cada vez mais a tona. No momento em que deixa de ser debatido, conversado, no momento em que o empoderamento e o feminismo deixarem de estar “aparecendo a tona”, acredito que vamos novamente deixar ele de lado. E não estou falando dos estudos sobre feminismo, nem estou falando das lutas diárias, programas de conscientização, passeatas e todo o peso trabalhado pelas mulheres durante anos e anos.
Estou falando das classes que não tem acesso a informação sobre empoderamento e feminismo. Estou falando de milhares de mulheres que podem ter se conscientizado sobre feminismo depois de uma discussão no super mercado, milhares de mulheres que antes culpavam outras mulheres por crimes sofridos por elas e que repensaram tudo isso com a “explosão” de conversas sobre feminismo, machismo e os direitos das mulheres.
O texto aqui não é falando que as cantoras como Anitta e Karol Conká são as rainhas-mor do feminismo no país, mas seria tolice desconsiderar todo o debate que elas trouxeram a mídia sobre o tema. Gostando da música ou não, você também tem que admitir isso.
Esse ano teve até campanha da Seda com a Valesca Popozuda sobre sororidade! Você pode conferir o vídeo com a nova letra de Beijinho no Ombro (nova versão) no canal da Seda no YouTube, basta clicar aí no link.
Ah, sororidade é a união das mulheres, com empatia, respeito e companheirismo, em busca de um objetivo em comum.
Em 2017 (apesar de ter começado por volta de 2015, mais ou menos) não é raro que as cantoras mais populares e de diferentes estilos musicais falem em entrevistas sobre a dificuldade de ser mulher por exemplo no sertanejo (como afirmaram em diversas entrevistas Marília Mendonça, Maiara & Maraísa) e como elas estavam continuamente trabalhando para firmar o lugar delas em um mercado predominantemente masculino, nas dificuldades a mais que tinham por ser mulher entre outras coisas.
Para ver como as mulheres musicais estão fazendo a diferença sobre o assunto, posso citar algumas cantoras de diferentes estilos como Anitta(funk/pop), Karol Conká(rap), Maiara & Maraísa(sertanejo) e a mais antiga a se posicionar sobre o assunto ~rainha~ Pitty(rock).
É claro que não vamos esquecer da inesquecível turnê da Beyoncé que tinha como abertura um texto de autoria de Chimamanda Ngozi Adiche, autora nigeriana e ativista prol feminismo. Mas quero focar mais no cenário nacional, no que as artistas daqui estão fazendo...
Atrizes, cantoras, apresentadoras, modelos… Elas que levam os assuntos para as pessoas com menos acesso a debates organizados, leituras e tudo o mais sobre o feminismo. E elas não são detentoras de toda a organização pró feminismo e pedem que assinemos carteirinhas para poder declarar que somos feministas, estou só dizendo, novamente, que elas tem sua importância principalmente no que se diz respeito ao número de pessoas que elas alcançam e mesmo que seja só uma palavra rasa no que é o feminismo e na história de lutas e conquistas das mulheres, serve como um gatilho para a curiosidade e, quanto mais gente procurar entender o feminismo de verdade, mais gente vai entender a sua importância.
Acho que esse texto está se findando aqui… Espero que tenha gostado e refletido um pouco sobre o tema, que tenha podido tirar algo do texto… Até a próxima!


P.s.: Antes que comece a criticar, eu mesma só fui conhecer Chimamanda por causa da introdução do show da Beyoncé, então é algo que vale a pena refletir sim.

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